A Palavra de Deus: seu efeito e autoridade
O efeito produzido no homem -- o efeito que o leva a reconhecer a verdade e autoridade da Palavra -- tem sido frequentemente confundido com um julgamento humano a respeito da Palavra como algo que dependesse do homem. A Palavra nunca pode apresentar-se assim. Isto seria negar sua própria natureza; seria dizer que não é o meu Deus quem fala. Acaso poderia Deus dizer que não é Deus? Já que isto seria impossível, então Ele não poderia se pronunciar e dizer que a Sua Palavra não tem autoridade em si mesma.
A Palavra é adaptada à natureza do homem: A vida é a luz dos homens. Muitas coisas fazem efeito conforme a natureza do que as recebe, sem julgá-las. É o que acontece com toda ação química. Eu tomo um medicamento e experimento seu efeito. Ele age de acordo com minha natureza. Assim fico convencido de seu efeito e do poder daquele medicamento. Minha opinião a respeito do medicamento não muda coisa, como se este estivesse sujeito ao meu julgamento. Ocorre a mesma coisa, por meio da graça, com a revelação de Cristo, exceto pelo fato de que o ímpio desejo do homem se opõe a ela e a rejeita, de forma que ela se torna um "cheiro de morte para morte" (2 Co 2:16). A Palavra de Deus nunca é julgada quando produz seu efeito; é ela que é apta para julgar "os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4:12). O homem não a julga; o homem se submete a ela.
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